Blocos Econômicos do Continente Americano.
Origem do processo
A formação de blocos econômicos regionais em
modalidades semelhantes às existentes no mundo atual ocorreu, pela primeira
vez, próximo ao final da 2ª
Guerra Mundial, com a criação do Benelux (Bélgica,
Holanda
e Luxemburgo).
Após a guerra, a ideia de integração econômica baseada em uma economia
supranacional começou a ganhar força na Europa Ocidental.
Diante da perspectiva de concorrer com os Estados
Unidos, fazer frente ao crescimento da União Soviética e reduzir o risco de os
nacionalismos provocarem novos conflitos, os países europeus firmaram uma série
de acordos com o objetivo de unir o continente, reestruturar, fortalecer e
garantir a competitividade de suas economias.
Posteriormente, a experiência europeia foi
estendida a outros continentes e foram desenvolvidas várias iniciativas de
integração regional. Entretanto, a única que teve permanência e consistência em
suas ações foi a Comunidade Econômica Europeia (CEE), transformada em 1992 em
União Europeia (UE).
Modalidades de integração
regional
Os blocos econômicos existentes no mundo são
classificados a partir dos acordos estabelecidos entre eles, e podem ser
agrupados em:
- Zona
de preferência tarifária - é o processo mais simples de integração em
que os países pertencentes ao bloco gozam de tarifas mais baixas do que as
tarifas aplicadas a outros que não possuem acordo preferencial. É o caso
da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração);
- Zona
de livre comércio - reúne os países através de acordos
comerciais que visam exclusivamente à redução ou eliminação de tarifas aduaneiras
entre os países-membros do bloco.
Só é considerada uma Zona de Livre Comércio quando pelo menos 80% dos bens são comercializados sem taxas alfandegárias. O principal exemplo é o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), formado por Estados Unidos, Canadá e México;
- União
aduaneira - é
um estágio mais avançado de integração. Além dos países eliminarem as
tarifas aduaneiras entre si, estabelecem as mesmas tarifas de exportação e
importação TEC (Tarifa Externa Comum) para o comércio
internacional fora do bloco.
A união aduaneira exige que pelo menos 85% das trocas comerciais estejam totalmente livres de taxas de exportação e importação entre os países-membros. Apesar de abrir as fronteiras para mercadorias, capitais e serviços, não permite a livre circulação de trabalhadores.
- O principal exemplo é o Mercosul (Mercado Comum do Sul), composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Os vizinhos Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador são países associados ao Mercosul, ou seja, participam do livre comércio, mas não da união aduaneira;
- Mercado comum - visa à livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços. Um exemplo é a União Europeia, que, além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adotar tarifas comuns para o mercado fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão de obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros.[
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Vantagens e desvantagens
Em todas as modalidades de integração supranacional, ocorre a redução ou eliminação das tarifas ou impostos de importação entre os países-membros. Por isso, os países que integram esses blocos (zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum ou união econômica e monetária) adotam, logo de início, a redução das tarifas de importação de várias mercadorias.Neste sentido, os acordos de integração econômica trazem uma série de consequências para as empresas e a população dos países que integram estes blocos. Os consumidores podem se beneficiar dos produtos mais baratos que entram no país. No entanto, muitos desses consumidores podem ser prejudicados com o desemprego, em virtude da falência ou diminuição da produção das empresas nas quais trabalhavam, pois muitas delas não conseguem concorrer com os produtos mais baratos que vêm dos outros países com os quais são mantidas alianças.Dessa forma, no âmbito das empresas e da sociedade num país que compõe um bloco, há ganhadores e perdedores. Mas, apesar dessas implicações, os blocos econômicos, de modo geral, têm atuado sem que haja maior participação da sociedade nas decisões. Estas são tomadas pelos governantes e pela elite econômica. No caso da UE, decisões mais importantes, na maioria dos países, são tomadas após consulta à população através de plebiscitos. Exceção à UE, não é este processo que ocorre no resto do mundo.
Fonte: Disponível em:<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/blocos-economicos-como-funcionam-o-nafta-o-mercosul-e-a-ue.htm>.
Acesso: 24/08/2016
howinterpedia
ResponderExcluirLegal
ResponderExcluirBom
ResponderExcluirmuito bom para o nosso aprendisado
ResponderExcluirPois é
Excluirmuito bom para o nosso aprendizado
ResponderExcluirLegal de mais
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