Acesso: 16/05/2019
As principais teorias demográficas
são: a malthusiana, a neomalthusiana, a reformista e a transição demográfica.
Essas teorias são instrumentos
utilizados para o crescimento da população. Entre os fatores considerados estão
o crescimento natural ou vegetativo e a taxa de migração.
Teoria Malthusiana
Elaborada por Thomas Malthus em 1798, essa teoria indica dois
postulados:
Primeiro postulado
de Malthus
As guerras, desastres naturais e
epidemias são um meio de controle do crescimento desordenado da população. Na
falta de qualquer um desses eventos, a população tenderia a duplicar no período
de 25 anos.
Malthus explica que o crescimento
seria em progressão geométrica: 2,4,8,16,32. E esse crescimento ocorreria sem
parar.
Segundo postulado
de Malthus
Enquanto a população cresceria de
maneira geométrica, a oferta de alimentos só ocorreria em progressão
aritmética: 2,4,6,8,10. Ou seja, não haveria alimentos para todos. A principal
consequência seria a fome.
Para Malthus, além da escassa oferta
de alimentos, era considerado o limite territorial. O teórico, haveria um
momento em que toda a área agricultável do planeta estaria ocupada. E, com a
população crescendo sem nenhuma forma de controle, o Planeta entraria em
colapso sem alimentos.
Como forma de evitar o problema,
Malthus sugeriu que as pessoas tivessem filhos somente se pudessem ter áreas
agricultáveis para o suportar. Ele era um pastor anglicano e, na época, contra
a aplicação de métodos anticoncepcionais. Por isso, seu conselho foi denominado
sujeição moral.
Crítica à teoria
Na época em que foi elaborada, a
teoria de Malthus resultou da observação de uma limitada área de comportamento
rural. Não foi prevista a urbanização, a tecnologia aplicada à produção de
alimentos e a distribuição irregular das riquezas do Planeta.
Teoria
Neomalthusiana
Essa teoria aponta que uma população
jovem e em elevada quantidade necessita de pesados investimentos em educação e
saúde. Em consequência, cai a oferta de recursos para a produção de alimentos.
A teoria neomalthusiana defende que
quanto maior o número de habitantes, menor a possibilidade de distribuição de
renda.
Os postulados dessa teoria foram
discutidos a primeira vez no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Na
conferência de paz que deu origem à ONU (Organização das Nações Unidas), foram
discutidas as estratégias para evitar uma nova guerra.
Os participantes concluíram que
somente a paz pode reduzir as desigualdades. Nesse contexto, houve a tentativa
de explicar a fome nos países pobres com a elaboração da teoria neomalthusiana.
Críticas
Embora mais evoluída, a teoria
neomalthusiana tem a mesma base teoria de Malthus, que aponta o excesso
populacional como responsável pela escassez de alimentos.
Teoria Reformista
Essa teoria é uma inversão das duas
anteriores. Ela defende que é preciso enfrentar os problemas sociais e
econômicos para que exista o controle espontâneo de natalidade.
O número de filhos cai à medida em
que as famílias são atendidas com serviços de melhor qualidade e elevam o
padrão de vida.
As conclusões foram retiradas de
países desenvolvidos, com elevada população jovem e onde as taxas de natalidade
caíram de maneira espontânea sem nenhum dos eventos citados por Malthus. Também
nesses países não foram verificados os princípios da teoria neomalthusiana
porque os jovens tinham acesso a emprego e, em consequência, a produção de
alimentos era adequada e suficiente.
Teoria da Transição
Demográfica
Elaborada em 1929, essa teoria aponta
que o crescimento da população passa a ser equilibrado a partir da redução das
taxas de natalidade e mortalidade.
Essa teoria é
dividida em três fases:
Fase pré-industrial
Nessa fase, havia baixos índices de
crescimento vegetativo em consequência de condições sanitárias inadequadas,
guerras, fome, doenças, entre outros.
Fase Transicional
Como consequência da Revolução
Industrial, há também maior investimento em pesquisa médica e grande
crescimento populacional. A natalidade passa a cair à medida em que o acesso à
tecnologia cresce.
Fase Evoluída
Equilíbrio demográfico bom baixas
taxas de natalidade e mortalidade. Foi alcançada pelos países desenvolvidos.