Desigualdade
Social no Brasil
A Desigualdade Social no Brasil é um problema que
afeta grande parte dos brasileiros, embora nos últimos anos, as estatísticas
apontem para sua diminuição. Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad-2011) na avaliação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), demonstram a diminuição da pobreza e consequentemente da desigualdade
social no Brasil.
Causas e Consequências
Decorrente, essencialmente, da má distribuição
de renda, as consequências da desigualdade social no Brasil são observadas
na favelização, pobreza, miséria, desemprego, desnutrição, marginalização,
violência. A despeito do Brasil estar entre os dez países do mundo com o PIB
mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e
econômica do mundo. Estudiosos propõem soluções para o problema, dentre
eles: aliar democracia com eficiência econômica e justiça social.
Segundo relatório de ONU (2010) as principais
causas da desigualdade social são:
- Falta de acesso à educação de qualidade
- Política fiscal injusta
- Baixos salários
- Dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico
Coeficiente de Gini
Desenvolvido pelo demógrafo, estatístico e
sociólogo italiano, Corrado Gini (1884-1965), no ano de 1912, o "Coeficiente
ou Índice de Gini" mede as desigualdades de uma sociedade, por
exemplo, de renda, de riqueza e de educação. No Brasil, em 2011 o índice de
Gini, na área social, foi de 0,527 demonstrando o menor número desde 1960
(0,535). Na lógica do sistema de Gini, quanto mais próximo de zero, menor é a
desigualdade.
Cadastro Único
Também conhecido por "CadÚnico", o
"Cadastro Único para Programas Sociais" foi criado durante o
governo do Fernando
Henrique Cardoso, em 2001. O Cadastro é um instrumento responsável pela
coleta de dados e informações a fim de identificar todas as famílias de baixa
renda existentes no Brasil. Não obstante, objetiva a inclusão por meio de
programas de assistência social e redistribuição de renda.
Plano Brasil Sem Miséria (BSM)
O Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011,
tem como principal objetivo desenhar o mapa de pobreza do Brasil. Para
isso, o plano propõe o rompimento de barreiras sociais, políticas, econômicas e
culturais que segregam pessoas e regiões; em outras palavras, objetiva, no campo
e na cidade, identificar e inscrever as pessoas de baixa renda que, por
algum motivo, não recebem auxílios, como por exemplo, o Bolsa Família.
No campo, onde está concentrada a maior
parcela, ou seja, 47 % do público do plano, as estratégias para o meio rural,
focadas na produção do agricultor são: Assistência Técnica, Fomento e Sementes,
Programa Água para Todos, Acesso aos mercados (Programa de Aquisição de
Alimentos - PAA) e Compra da Produção.
Por outro lado, na cidade, o foco está nas
oportunidades de trabalho para os mais pobres. Dentre as estratégias propostas
pelo Plano estão: Mapa de Oportunidades, Qualificação de Mão de Obra,
Intermediação Pública de Mão de Obra, Ampliação da Política de Microcrédito e
Incentivo à Economia Popular e Solidária.
Além disso, em parceria com o Ministério da
Educação (MEC), o Plano Brasil Sem Miséria (BSM), no âmbito do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é responsável
por coordenar a oferta de vagas dos cursos de formação inicial e continuada com
ênfase na qualificação profissional. Para tanto, a meta do Plano Brasil Sem
Miséria, prevê a capacitação de um milhão de pessoas inscritas no
"Cadastro Único" até 2014.
Curiosidades
- Segundo o Fórum Econômico Mundial (2013), a principal causa das manifestações ocorridas no Brasil em 2013 foi a desigualdade social.
- No Brasil, estima-se que 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza extrema.
- Nos últimos anos, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média.
- Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as transferências do Programa Bolsa Família são responsáveis por 13% da redução da desigualdade.
- Dentre os Programas Públicos Sociais do Brasil: Bolsa Família, Previdência Rural, Brasil Alfabetizado, Saúde da Família, Brasil Sorridente, Mais Educação, Rede Cegonha.
- O Data Social é banco de dados e de indicadores que permite visualizar o panorama social, perfil econômico e estrutura demográfica de municípios e estados brasileiros.
- A Identificação de Localidades e Famílias em Situação de Vulnerabilidade (IDV) é uma ferramenta de construção de mapas que apresenta dados, indicadores de pobreza, situações de vulnerabilidade, bem como grupos populacionais específicos ao nível de estados, municípios e setores censitários do Brasil.
Fonte:< https://www.todamateria.com.br/desigualdade-social-no-brasil/>.
Acesso: 30/08/2016