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domingo, 9 de setembro de 2018

Conheça as principais rotas migratórias da atualidade


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Tipos de migração

Existem vários tipos de migração, que se relacionam com elementos econômicos, sociais, culturais e até mesmo afetivos.

Publicado por: Amarolina Ribeiro em Migração
Migração é o deslocamento de pessoas de uma determinada cidade, estado ou país (migração internacional) para outro local. Essa mudança pode ser definitiva ou temporária, voluntária ou forçada, individual ou em grandes fluxos.
As pessoas migram pelos mais distintos motivos, desde guerras, perseguição religiosa, conflitos étnicos, perseguição política e ideológica ou simplesmente porque buscam condições melhores de vida em outra localidade. Essas condições podem estar relacionadas com trabalho, estudo, saúde, bem-estar, entre outros fatores, e são os maiores motivadores para as migrações na atualidade.
Tipos de migração
  • Migração pendular: é um fenômeno que não se trata propriamente de uma migração, pois é uma transferência momentânea, diária. É caracterizada pelo deslocamento diário de pessoas para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país. Ocorre comumente nas regiões metropolitanas.
  • Transumância: nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país por um determinado período, geralmente alguns meses, e continua tendo como referência de moradia o local de origem. É o caso de trabalhadores rurais que vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de origem.
  • Êxodo rural: é o deslocamento de pessoas do campo para as cidades. Essa mudança é permanente e, geralmente, ocorre porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições de vida. Entretanto, essa migração pode ser involuntária, quando acontece, por exemplo, em decorrência da mecanização do trabalho no campo.
  • Êxodo urbano: é mais raro de acontecer, mas é o oposto do êxodo rural. Acontece quando pessoas que vivem na zona urbana (cidades) mudam para a zona rural (campo).
  • Nomadismo: apesar de ser muito rara na atualidade, essa modalidade de migração é caracterizada pela ausência de fixação permanente. As pessoas nômades mudam de lugar periodicamente e não estabelecem moradia fixa em nenhum lugar.
  • Diáspora: é a rápida dispersão de um grupo populacional de um território. Em geral, essa migração é involuntária ou forçada. Temos como exemplos mais expressivos a diáspora africana (ocorrida por força da escravidão colonial) e a diáspora judaica (expulsão dos judeus da Palestina pelo Império Romano).
As migrações, independentemente das classificações, possuem papel preponderante na organização do espaço, nas relações sociais e na construção da cultura. As pessoas, quando migram, carregam consigo todos os elementos que a constituíram, como sua história, memória e cultura. Ao chegar ao novo local de moradia, esses elementos interagem com a cultura e história locais e daí surgem novos e ricos tipos de relações entre as pessoas e das pessoas com o espaço vivido.

Fonte:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-migracao.htm. Acesso: 11/09/2018.


Migrações no Brasil

Mesmo antes da chegada dos europeus para a colonização das Américas (aliás, que também não passou de uma migração), já havia um dinâmico fluxo migratório no que hoje denotamos como o território nacional brasileiro, mas estendendo ao espaço continental americano entre os povos indígenas, possibilitando trocas culturais, material e econômicas entres as civilizações pré-colombianas e tribos indígenas.
Após o século XVI, o território hoje compreendido pelo Brasil, passa a receber imigrantes portugueses (em toda faixa litorânea do Sudeste ao Norte) e espanhóis (ao Sul e Oeste) no sentido de explorar e colonizar o continente. Além destes, há uma migração francesa, no sentido de disputar territórios com as nações ibéricas (Portugal e Espanha) no Sudeste brasileiro e no Norte (Amapá). Ainda, no período colonial há migração holandesa no Nordeste, disputando a região com os portugueses.
Migrações forçadas
Em todo período de colonização, por parte dos europeus, do território brasileiro, são realizadas as “migrações forçadas”, de negros oriundos de várias partes do continente africano e de indígenas do interior do continente sul-americano como mão de obra escrava, no âmbito do desenvolvimento colonial.
Imigrantes extrangeiros
Após a independência, o Brasil passou por um intenso processo de imigração entre os anos de 1850 até 1934, quando o Estado brasileiro incentivava a vinda de imigrantes ao Brasil para trabalharem nas lavouras cafeeiras. Esse período teve como ponto central o fim da escravidão de africanos, o que gerou uma necessidade maior de mão-de-obra nas lavouras brasileiras. Muitos países estavam desestabilizados com o contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e não haviam empregos suficientes para toda população. Mesmo com a reestruturação após a guerra, começava também um processo de industrialização e urbanização, o que expulsou do campo muitas pessoas, que vieram para o Brasil para continuar trabalhando no campo.
Êxodo Rural
Um segundo momento importante em relação às migrações no Brasil, foram as migrações internas, também chamadas de inter-regionais. Estas já vinham acontecendo durante toda história do Brasil, mas tiveram uma intensificação expressiva após 1934, quando há também registros de queda nas imigrações. Naquele contexto, a indústria paulista já possuía prestígio e se tornava um atrativo para pessoas de outras regiões do Brasil, principalmente nordestinos, que buscavam melhores condições de vida nos grandes centros.
No mesmo sentido, destacam-se também no Brasil as migrações rural-urbano, também chamadas de êxodo rural, as quais aceleraram-se após a década de 1950, com a crescente modernização do campo, industrialização e urbanização brasileira. Vários fatores influenciam este tipo de migração, como o crescimento demográfico maior do que as áreas cultiváveis, o que ocorre tanto pela diminuição das áreas físicas disponíveis, quanto pela monopolização das terras (formação de latifúndios).
Migrações pendulares
Também desde a década de 1950 vem se destacando no Brasil as migrações pendulares, as quais são caracterizadas como o movimento diário de pessoas nos grandes centros urbanos. Ou seja, é o movimento dos trabalhadores ou estudantes para que possam trabalhar ou estudar em outros municípios. Esse tipo de migração é mais comum de municípios menores, com menos infraestrutura e serviços, para municípios maiores, onde a oferta de serviços e as oportunidades de trabalho são maiores.
O Brasil no contexto das migrações recentes
Diante dos conflitos mundiais mais recentes, bem como das catástrofes naturais que assolaram alguns países ao redor do mundo, os fenômenos migratórios têm se intensificado na atualidade. As migrações são movidas por elementos de repulsão e elementos de atração. Nos casos mais recentes, como dos Sírios, os conflitos violentos têm sido caracterizados como fenômenos de repulsão das pessoas na Síria. Do mesmo modo, entende-se que o terremoto que atingiu o Haiti em 2010, foi um forte fator de repulsão da população local.
Imigração brasileira
Atrelado à isso, existem fatores de atração, ou seja, elementos que atraem os imigrantes. Exemplos disso são melhores condições de vida, ofertas de emprego, segurança contra conflitos internos, guerras civis e governos ditatoriais. As oportunidades de uma vida mais digna têm atraído pessoas para países como o Brasil, que constitui-se enquanto um país emergente. No Brasil, principalmente os frigoríficos de abate de aves na região Sul do país têm tido boa parte de suas vagas de emprego ocupadas por imigrantes.
Há uma diferença grande entre o imigrante que migra por questões econômicas e aquele que migra forçadamente. Muitas pessoas sofrem perseguições políticas, religiosas e culturais e são vítimas de violências diversas. Estas pessoas são amparadas por legislações específicas, e caracterizadas como refugiados. Elas são amparadas em outros países e não podem ser encaminhadas forçadamente de volta para seus países de origem. Basicamente, são consideradas pessoas que precisam de proteção.
Emigração brasileira
O Brasil é hoje um país que recebe uma significativa parcela de imigrantes, mas também são importantes os índices de emigração no caso brasileiro, embora não mais tão expressivos como nas décadas de 1980 e 1990. O que acontecem neste período foi muito semelhante ao que acontece no Brasil hoje. Os Estados Unidos eram o principal alvo dos brasileiros, onde haviam empregos que exigiam baixa qualificação e nos quais os estadunidenses já não tinham mais interesse. Hoje verifica-se fenômeno parecido no Brasil, especialmente com o uso de mão de obra estrangeira nos frigoríficos. Canadá, Japão e Paraguai também foram países para os quais muitos brasileiros migraram.
Migrações de retorno
Apesar da expressividade das migrações internacionais, no Brasil os fenômenos migratórios internos, dentro de uma mesma região, ou interestaduais são bastante comuns. Estes geralmente são motivados por fatores econômicos, ou seja, uma busca pela melhoria das condições de vida. Destacam-se ainda as migrações de retorno, as quais ocorrem quando os indivíduos voltam para seus locais de origem, seja pela saudade dos familiares ou por não adaptação no novo local de moradia, ou ainda, pela melhoria das condições no local em que habitavam anteriormente.
Curiosidades
A tela “Os retirantes” de 1944, pintada por Cândido Portinari, demonstra uma realidade social relacionada com o fenômeno migratório. Os personagens da tela são migrantes, com pouca bagagem, indo para um lugar incerto. Provavelmente tenham sido “obrigados” a deixar sua terra por conta das condições de vida precárias. Essa foi (e ainda é) a realidade de muitos migrantes, forçados pelas circunstâncias a abandonar o lugar onde construíram suas vidas. Abaixo segue reprodução da referida tela:
"Os retirantes", de Candido Portinari
Fonte: https://www.estudopratico.com.br/movimentos-migratorios-no-brasil/ .Acesso: 11/09/2018


Maioria dos deslocados chega à Europa pelo Mediterrâneo

07/07/2017 - 12h00 - Atualizada às 12h04 - POR AGÊNCIA ANSA

Atravessar o Mar Mediterrâneo é a principal forma que os imigrantes têm para ingressar na Europa e pedir asilo ou refúgio nos países da União Europeia. É por isso que a Itália acaba se tornando uma das principais portas de entrada desses deslocadas para o velho continente e enfrentando problemas com os demais Estados-membros do bloco para a realocação desses indivíduos.
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), de 1º de janeiro a 3 de julho deste ano, 98.185 imigrantes chegaram à Europa através de uma das três rotas migratórias que envolvem o Mediterrâneo.
A primeira delas, e que recebe a menor quantidade de pessoas em comparação com as demais, é a rota do Mediterrâneo Ocidental ou Espanhola. Esse caminho tem início no Marrocos e termina na costa da Espanha.
Segundo o Acnur, neste ano ao menos 6,4 mil imigrantes entraram na Europa pelo solo ibérico. Já de acordo com a Organização Mundial da Imigração (OMI), esse número representa um simbólico crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período de 2016.
Mesmo assim, a quantidade continua a ser menor que das outras duas rotas. Já a segunda rota é a do Mediterrâneo Oriental ou Balcânica.
Esse trajeto começa na Turquia e termina nas ilhas gregas, como a de Lesbos. Chegando em território europeu, os imigrantes costumam a percorrer os países dos Bálcãs, como Hungria, Sérvia e Macedônia, até chegar em destinos pelos quais têm preferência, como Alemanha e Holanda.
De acordo com o Acnur, até o dia 3 deste mês, 9.482 pessoas desembarcaram na Grécia. Esse número, que ainda é preocupante, é bem menor que o do mesmo período do ano passado, quando as chegadas ao país foram de mais de 158 mil.
Essa redução do fluxo se deve principalmente ao acordo assinado entre a União Europeia e a Turquia em março de 2016 que prevê que todos os imigrantes ilegais que chegarem às ilhas gregas podem ser "devolvidos" para território turco, o que acabou "fechando" a rota balcânica, que costumava a ser a mais usada entre os deslocados.
Por fim, a terceira rota migratória europeia é a do Mediterrâneo Central. Nela os imigrantes deixam a Líbia e atracam na costa italiana, principalmente em ilhas como a de Lampedusa.
Segundo o Ministério do Interior italiano, entre 1º de janeiro e 1º de julho, 85.042 imigrantes desembarcaram no litoral italiano, um crescimento de 19,4% em relação ao mesmo período do ano passado que acaba transformando o país na principal, mesmo que muito perigosa, maneira de se chegar na Europa.
Por isso, a Itália tenta vez após vez tratar do assunto da crise migratória e da realocação desses deslocados com os outros países da UE, como com o encontro que aconteceu nesta quinta-feira, dia 6, sem muitos resultados positivos, em Talin, na Estônia.
Além disso, o assunto deve ser cada vez mais discutido no bloco já que segundo as estimativas do Acnur, da OIM e de outras entidades e associações especializadas em refúgio e migrações, o crescimento de chegadas na Itália não deve ter fim, devido principalmente à situação de instabilidade e insegurança na Líbia.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2017/07/conheca-principais-rotas-migratorias-da-atualidade.html   Acesso: 09/09/2018