Este blog visa levar aos seus leitores conhecimentos exclusivamente relacionados a Geografia. A Geografia se propõe a algo mais que descrever paisagens, o todo nos fornece elementos suficientes para uma compreensão global daquilo que pretendemos conhecer geograficamente. Esta ciência se propôs investigar o modo pelo qual a sociedade produz com veloz dinâmicidade o espaço geográfico.
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quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Êxodo Rural e Desigualdade Social
Êxodo Rural e Desigualdade Social
Êxodo Rural
Fonte:.
Acesso: 30/08/2017
O Êxodo Rural pode ser definido como sendo o
movimento migratório das populações que vivem no campo para outras
regiões. De fato, este fenômeno pode ser de caráter migratório,
limitando-se as fronteiras de um país, ou pode estender para além delas (emigração).
Sem espanto, a palavra “Êxodo” vem do grego e
significa saída, partida ou caminho, e se refere sempre ao movimento de um
grande número de pessoas durante certo período. Por conseguinte, estas
populações podem se dirigir a outras áreas rurais, todavia, o destino mais
comum delas são os centros urbanos.
Por fim, vale lembrar que este fenômeno sempre
existiu, mas se intensificou após a Revolução Industrial do século XVIII,
quando as cidades europeias passaram a receber cada vez mais camponeses. Por
sua vez, nos países subdesenvolvidos, onde o processo de industrialização é
mais recente e acelerado, o fenômeno do êxodo rural acaba sendo mais acentuado.
Principais Características
Muitas causas podem motivar o êxodo rural. A
primeira delas está relacionada ao mito de que nas cidades existem melhores
condições de vida que no campo, especialmente porque haveria uma oferta de
empregos muito maior.
Todavia, este pensamento cai por terra quando nos
lembramos que a qualidade de vida urbana é uma condição relativa e que a oferta
de empregos é para uma mão de obra cada vez mais qualificada.
Não obstante, qualquer condição que gere fome,
doenças, conflitos, ou simplesmente a ocorrência de desastres naturais, como
secas e enchentes, pode expulsar uma grande quantidade de pessoas do campo de
repente.
Contudo, a ação dos grandes latifundiários,
principais responsáveis pela concentração fundiária e mecanização da produção
rural tem contribuído de forma continua para o êxodo rural.
Esta situação se agrava ainda mais pela falta de
políticas públicas para o desenvolvimento, tanto do meio rural, quanto do meio
urbano, ou seja: a falta de infraestrutura, como estradas para escoar a
produção ou escolas, hospitais, delegacias e outras instituições de utilidade
pública nas áreas rurais, provoca o abandono do campo, o que conduz,
invariavelmente, a perda da capacidade produtiva agrícola.
Por outro lado, as populações “retirantes” que
chegam nas cidades, geralmente são hostilizadas e se deparam com o desemprego
ou subemprego, o que as leva a habitar os bairros de periferia, superpovoado
esses bairros e agravando ainda mais os problemas ali existentes.
Como resultado imediato disso, temos o inchaço
urbano e todos os problemas que decorrem disso, especialmente o aumento da
violência e o crescimento do número de favelas e cortiços.
Êxodo Rural no Brasil
No Brasil, o êxodo rural teve início com a produção
de açúcar, que deslocava as populações entre os engenhos e regiões mais
produtivas; mais adiante, a mineração irá atrair muitos camponeses para
a região das minas durante o século XVIII.
Por conseguinte, no século XIX, com o ciclo do
café, os agricultores se deslocaram para a região sul e sudeste e, no final
deste século e início do XIX, o fluxo se de camponeses se voltou para a
Amazônia da borracha.
Contudo, a partir de 1930, a industrialização
brasileira tem início com vigor e as cidades passam a crescer cada vez
mais, atraindo moradores do campo ao seu redor. Este processo se acelerou na
década de 1950 e vem estabilizando nos dias atuais, uma vez que este processo
se estabilizará ao atingir o percentual de cerca de 90% da população brasileira
vivendo nas cidades.
Desigualdade
Social no Brasil
Fonte:. Acesso: 30/08/2017
A Desigualdade Social no Brasil é um problema que
afeta grande parte da população brasileira, embora nos últimos anos ela tem
diminuído.
As regiões mais afetadas pelos problemas sociais
são o Norte e o Nordeste do país, os quais apresentam os piores IDH's (Índice
de Desenvolvimenbto Humano) do Brasil.
Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD-2011) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
apontam a diminuição da pobreza e, consequentemente, da desigualdade social.
Assim, nos últimos anos 28 milhões de brasileiros
saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média.
Entretanto, estima-se que 16 milhões de pessoas
ainda permanecem na pobreza extrema.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), as transferências do Programa Bolsa Família são responsáveis por 13% da
redução da desigualdade no país.
Causas e Consequências
Embora o Brasil esteja entre os dez países com o
PIB mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e
econômica do mundo.
Segundo relatório de ONU (2010) as principais causas
da desigualdade social são:
- Falta de acesso à educação de qualidade;
- Política fiscal injusta;
- Baixos salários;
- Dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico.
Decorrente, essencialmente, da má distribuição de
renda, as consequências da desigualdade social no Brasil são observadas
pela:
- favelização;
- pobreza;
- miséria;
- desemprego;
- desnutrição;
- marginalização;
- violência.
Estudiosos propõem soluções para o problema, dentre
eles: aliar democracia com eficiência econômica e justiça social.
Coeficiente de Gini
O Coeficiente de Gini foi desenvolvido pelo
demógrafo, estatístico e sociólogo italiano Corrado Gini (1884-1965) no ano de
1912.
O Coeficiente ou Índice de Gini mede as
desigualdades de uma sociedade, por exemplo, de renda, de riqueza e de
educação.
No Brasil, em 2011, o índice de Gini na área social
foi de 0,527, demonstrando o menor número desde 1960 (0,535). Na lógica do sistema
de Gini, quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade.
No entanto, segundo o coeficente de Gini, a
desigualdade social no Brasil teve um aumento considerável em 2017 decorrente
da crise econômica.
Ou seja, em 22 anos ela cresceu pela primeira vez,
sendo o desemprego um dos maiores responsáveis. Dados atuais afirmam que a taxa
de desemprego está em 12,3%, o que afeta 12,6 milhões de pessoas.
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