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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Especial Um Mundo de Muros - Brasil

domingo, 19 de novembro de 2017

O Muro de Trump em 2 minutos

Geografia: os muros que dividem o mundo


Geografia: os muros que dividem o mundo
Por Carolina Cunha, da Novelo Comunicação
17/02/201716h41
  • Majdi Mohammed/AP


3.jul.2015 - Palestinos usam uma escada para escalar muro erguido por Israel, que os separa da região onde fica a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém
Pontos-chave
  • Os muros crescem por todo lado e formam uma imensa barreira geográfica. Em 1989, quando caiu o muro de Berlim (símbolo da Guerra Fria), havia 16 muros a defender fronteiras no mundo. Hoje, existem 65 construídos ou em vias de ficarem prontos.
     
  • O principal motivo para a criação dos muros contemporâneos é o controle do fluxo migratório nas fronteiras dos países.
O presidente norte-americano Donald Trump quer construir um muro para dividir os Estados Unidos do México. Segundo recentes declarações, essa será uma das principais medidas para reforçar o controle migratório nos EUA e travar o fluxo ilegal de mexicanos para o país. Ele ainda busca suspender os programas de apoio a refugiados e a concessão de vistos a cidadãos de sete países.
A construção do muro com o México está repleta de incertezas. Quem pagaria pela obra? A equipe de Trump estima que a construção deva custar 10 bilhões de dólares. Durante as eleições de 2016, Trump afirmou que os mexicanos devem pagar pelo muro, mas o país se recusa a arcar com os custos.
A fronteira EUA-México tem cerca de 3.1 mil km de extensão, passando por grandes áreas urbanas, desertos, montanhas e rios. Cerca de mil km já são cobertos por cercas e muros de concreto, que visam aumentar o controle em relação à imigração, inibir o narcotráfico e coibir as ações dos chamados “coiotes”, grupos que atravessam a fronteira de forma clandestina. Trump diz que o muro cobrirá mais 1.6 mil km e que obstáculos naturais vão cuidar da área restante.
Para que serve um muro? Um muro é uma construção física que existe para dividir o mundo de dentro do mundo de fora. Um muro cria territórios e evita o encontro indesejado com o outro. Ele limita a livre circulação num espaço e também serve como barreira de proteção.
O maior muro do planeta é a Grande Muralha da China, cuja construção começou por volta de 220 a.C. A obra histórica uniu fortificações erguidas e formou um sistema contra invasões dos inimigos vindos do norte. Na história, destaca-se ainda o Muro de Adriano, uma fortificação em pedra com comprimento de 173 quilômetros e que foi construída no século 2 pelo imperador romano Adriano, com o objetivo de defender o Império Romano na Bretanha. Para protegê-la, 14 fortes foram posicionados em toda sua extensão, além de 80 torres militares.
Na Idade Média, essas construções eram tão importantes que se tornaram marcas registradas da urbanidade, como as cidades muradas, verdadeiras fortalezas que serviam para proteger as cidades de constantes ataques. Em alguns lugares, existiam até fossos enchidos com água, que também ajudavam no isolamento.
Se no passado o muro foi indispensável como linha de defesa, hoje eles não dão conta de evitar ataques bélicos, que podem ser feitos com aviões e armas pesadas. Qual seria então o papel do muro no mundo contemporâneo?
Na nossa sociedade, os muros crescem por todo lado e formam uma imensa barreira geográfica e social. Um estudo do geógrafo Michel Foucher concluiu que existe um total de 18 mil km de barreiras intransponíveis construídas pelo homem no planeta. Em 1989, quando caiu o muro de Berlim (símbolo da Guerra Fria), havia 16 muros a marcar fronteiras no mundo. Segundo uma pesquisa da Universidade de Quebec, hoje existem 65 já construídos ou em vias de ficarem prontos.
A globalização aboliu as fronteiras para a economia, o comércio e as informações. Mas para os seres humanos foram erguidos ainda mais muros. Os países apostaram no controle de fronteiras, com barreiras impulsionadas principalmente pelo intenso fluxo de imigração dos últimos anos, reflexo de recentes crises econômicas e de conflitos armados.
Segundo dados da Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados), em 2015, o total de pessoas deslocadas chegou a 65,3 milhões em todo o mundo. Segundo a organização, vivemos um recorde de deslocamentos internos. Trata-se da maior crise de refugiados e migração desde a 2ª Guerra Mundial. O grande fluxo de refugiados se deve aos conflitos que ocorrem em países como Somália, Afeganistão e Síria.
“As fronteiras da Europa devem ser fechadas”, disse o primeiro-ministro da Hungria, Victor Órban, em setembro de 2015. Naquele ano, o governo húngaro construiu uma barreira de quatro metros de altura ao longo da sua fronteira com a Sérvia para tentar travar a entrada dos refugiados que fogem da guerra civil da Síria e dos conflitos do Oriente Médio.
O constante desembarque de refugiados na Europa e o crescimento da ameaça terrorista fizeram surgir novas barreiras. Os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, na costa marroquina, estão cercados por barreiras que buscam evitar a entrada de imigrantes vindos da África. Na fronteira da Grécia com a Turquia, se ergue o Muro de Evros, que separa o Oriente do Ocidente.
Na África, Ásia e Oriente Médio também surgiram novas barreiras. Recentemente, no Quênia, na Arábia Saudita e na Turquia os governos fortificaram suas fronteiras para impedir a infiltração de jihadistas vindos dos países vizinhos. Na fronteira da Índia com Bangladesh existe uma barreira de arame farpado de quatro mil quilômetros. Os indianos buscam isolar a nação economicamente emergente dos seus vizinhos mais pobres e de famílias muçulmanas.
Para alguns estudiosos, a construção de muros não resolve o problema dos fluxos migratórios no longo prazo. Ele seria um símbolo poderoso, mas que traz apenas uma sensação de segurança. “A única coisa que estes muros têm em comum é que são sobretudo cenários de teatro”, defende Marcello Di Cintio, autor do livro Murs, voyage le long des barricades.
Di Cintio acredita que a construção dessas barreiras não evitou a imigração ilegal, o tráfico de drogas ou ataques terroristas. “Eles dão uma ilusão de segurança, mas não uma verdadeira segurança”, afirma o pesquisador.
Na prática, esses muros deslocariam o fluxo para outro local e de outras formas, muitas vezes em travessias perigosas. É o caso da morte de mexicanos rumo aos EUA. Todos os anos, centenas de pessoas morrem ao atravessar desertos de temperaturas extremas. Na Europa, milhares de refugiados cruzam o mar Mediterrâneo em embarcações precárias e ficam no meio do caminho: morrem ou precisam ser resgatados. Somente em 2015, ocorreram 3.771 mortes em naufrágios próximos a países europeus.
Os muros também podem ser metafóricos, e além do controle da fronteira, representam a divisão de ideias, uma divisão simbólica. É o caso da barreira que divide as fronteiras da Coreia do Sul e Coreia do Norte. Além de ser uma barreira física, o muro divide ideologicamente os países: o norte comunista, e o sul, capitalista.
Na Irlanda do Norte, a cidade de Belfast possui diversos muros, os chamados Peace Lines. São barreiras construídas nos anos 1970 e que serviram para dividir as comunidades católicas e as comunidades protestantes. Os conflitos religiosos ficaram no passado, mas os muros ainda estão em pé, com grafites estampados que lembra a história recente.
Essas edificações também podem trazer consequências psicológicas. Foi nos anos de 1970 que o psicólogo berlinense Dietfried Muller-Hegemann falou na “doença do muro”, expressão cunhada para explicar a situação das famílias que foram separadas pelo muro de Berlim, que separou a cidade em duas. Elas conviviam com fortes taxas de depressão, alcoolismo e violência familiar.
Para o sociólogo Zygmunt Bauman, o muro contemporâneo é o símbolo do medo. Segundo Bauman, em nossa época repleta de incertezas, tememos a violência urbana, as catástrofes naturais, o desemprego e o terrorismo. O sintoma desse medo seria a busca por sofisticados sistemas de segurança e cercas contra o perigo do estranho que mora ao lado. Mas a ameaça da violência constrange o cidadão: ao se proteger com os mais diversos aparatos, a sociedade ameaça. O sociólogo acredita que o caminho seria a promoção de um maior diálogo e solidariedade entre os povos. “Precisamos construir pontes, não muros”, afirma.

Conheça cinco muros contemporâneos:

1) CISJORDÂNIA-ISRAEL
O Muro da Cisjordânia começou a ser construído em 2002, período da Segunda Intifada, e separa Israel do território palestino da Cisjordânia. Na época, foi dito que o intuito era impedir a entrada de palestinos para prevenir atos de terrorismo. Os que se opõem à barreira denunciam que o muro é uma ferramenta utilizada por Israel para, além de interditar as negociações de paz por estabelecer unilateralmente novas fronteiras, também anexar gradualmente porções do território palestino, muitas das quais passaram a abrigar assentamentos israelenses.
2) EUA-MÉXICO
Cerca de 1.000 km já são cobertos de fronteira dos Estados Unidos com o México são cobertos por barreiras físicas, como cercas e muros. Elas estão situadas nas cidades de El Paso e Ciudad Juárez, e também entre San Diego e Tijuana. Essas barreiras são o símbolo da política anti-imigração norte-americana. Com os ataques de 11 de Setembro de 2001, os EUA apertaram ainda mais o cerco, temendo que terroristas pudessem entrar em território norte-americano via México.
3) COREIA DO NORTE-COREIA DO SUL
Em 1977, a Coreia do Sul construiu um muro na fronteira com a Coreia do Norte. Além de ser uma barreira física, o muro dividiu ideologicamente os países durante a Guerra Fria: o norte comunista (apoiado pela URSS), e o sul, capitalista, sob influência dos EUA. A porção de território foi transformada em uma zona desmilitarizada. Ou seja, uma faixa "neutra" onde militares das duas Coreias podem transitar, mas sem cruzar a linha que demarca o território de cada um dos países. É a fronteira mais militarizada do mundo, com cerca de 1 milhão de soldados a postos.
4) ESPANHA-MARROCOS: MUROS DE CEUTA E MELILLA
Ceuta e Melilla são enclaves espanhóis no norte África. As duas cidades fazem divisa com o Marrocos e estão muito próximas do Estreito de Gibraltar, que separa os dois continentes. Até os anos 1990, a divisão entre os territórios espanhol e marroquino era pouco perceptível, e o trânsito de pessoas de um local para o outro era comum. Com a criação da União Europeia e a política de livre-circulação dos cidadãos europeus, a Espanha foi incentivada a apertar o cerco em suas zonas fronteiriças. Os muros chegam a ter 20 quilômetros de extensão e o principal objetivo é impedir a imigração de africanos para a Europa.
5) GRÉCIA-TURQUIA: MURO DE EVROS
O muro construído em 2012 pela Grécia na fronteira da Turquia visa coibir a entrada de imigrantes ilegais. Segundo estimativas, cerca de 90% dos imigrantes que ingressam de forma ilegal na União Europeia o fazem por meio dessa fronteira. Ele foi construído ao longo de um trecho da margem do rio Evros, fronteira natural que separa a o território europeu dos vizinhos turcos.

Por Carolina Cunha, da Novelo Comunicação 

Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/geografia-os-muros-que-dividem-o-mundo.htm. Acesso: 19/11/2017.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Geografia 7º ANO - Percursos: 5, 6, 7 e 8.




 Operários (1933) - Tarsila do Amaral.

A POPULAÇÃO BRASILEIRA

O arquivo em ppt👉: , disponibiliza em tópicos, conteúdos dos percursos 5 - DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, 6 - BRASIL: MIGRAÇÕES INTERNAS E EMIGRAÇÕES, 7 - POPULAÇÃO E TRABALHO: MULHERES, CRIANÇAS E IDOSOS E 8 - BRASIL: A DIVERSIDADE CULTURAL E OS AFRO-BRASILEIROS. 
Aproveitem a disponibilidade do material, e, bons estudos!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Coreia do Norte em ppt

Através do link  abaixo, será possível baixar um arquivo no formato PowerPoint (ppt), no qual, estão inseridas informações  complementares relacionada ao início dos conflitos entre Coreia do Norte X Coreia do Sul. O conteúdo publicado, mostra a evolução dos conflitos influenciados pelas potencias pós 1945 EUA X URSS. Os interesses de expansão da influencia regional disputadas entre estas potencias, permite-nos conhecer nos dias atuais, a intensidade que foi a Guerra Fria http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/ .

 Coreia do Norte em ppt
https://www.sendspace.com/file/pz1hry




Como Funciona a Bomba de Hidrogênio?

Matéria de Capa | Panorama Global

5 passos para entender a crise na Coreia do Norte



5 passos para entender a crise na Coreia do Norte

O avanço do programa nuclear norte-coreano e a ameaça de retaliação dos Estados Unidos elevam a tensão na Península Coreana
access_time 4 set 2017, 17h04 - Publicado em 20 abr 2017, 11h31

                                 (iStock/iStock)
 
A crise envolvendo o programa nuclear norte-coreano ganhou um novo capítulo neste final de semana: o regime do ditador Kim Jong Un testou uma bomba de hidrogênio, cujo poder de destruição é maior do que o dos artefatos nucleares convencionais. A agência estatal norte-coreana declarou, ainda, que a bomba pode ser acoplada em um míssil de alcance intercontinental. Isso demonstra que, caso a informação seja confirmada, o programa nuclear da Coreia do Norte atingiu um nível de sofisticação capaz de realizar um ataque com armas atômicas contra os Estados Unidos (EUA). Por isso, o teste com a bomba de hidrogênio elevou ainda mais a tensão entre os dois países.
Entenda as raízes históricas desta crise e por que as relações entre EUA e Coreia do Norte chegaram a este ponto:

1.      A Guerra da Coreia


                                  Bandeiras da Coreia do Norte (esq.) e Coreia do Sul (iStock/iStock)

A Guerra Fria dividiu o mundo em duas zonas de influência: uma capitalista, sob a liderança dos EUA, e outra comunista, controlada pela União Soviética (URSS). Sob este contexto, a Península Coreana deu origem à Coreia do Norte, sob influência da URSS, e a Coreia do Sul, alinhada com os EUA.
Em 1950, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, deflagrando a Guerra da Coreia. Uma trégua foi assinada em 1953, estabelecendo uma zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países. Mas as Coreias permanecem tecnicamente em guerra, já que não foi assinado nenhum acordo de paz.

2.      O regime norte-coreano


Estátuas de bronze dos ex-líderes norte-coreanos Kim II Sung e Kim Jong II, em Pyongyang (iStock)

A Coreia do Norte é um país comunista de partido único sob controle da dinastia Kim desde 1948. A nação é economicamente atrasada, fechada à comunidade internacional e tem seu comando baseado no culto à personalidade do atual líder, Kim Jong Un, que herdou do pai e do avô a chefia do regime.
Na ditadura norte-coreana não há liberdade de imprensa e direitos civis. O regime é acusado pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU de promover prisões abusivas, assassinatos, escravidão, tortura e estupros contra dissidentes. A Coreia do Norte é o país mais militarizado do mundo, com uma estimativa de 1,2 milhão de soldados e 6 milhões de reservistas para uma população de 25 milhões.

3.      O programa nuclear


Protesto em Seul, capital da Coreia do Sul, contra teste nuclear realizado pela Coreia do Norte em janeiro de 2016. Cartaz mostra a imagem do líder norte-coreano Kim Jong Un (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Com o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte perdeu o apoio financeiro da antiga potência e entrou em crise econômica. Seguidas safras ruins provocaram escassez de alimentos e centenas de milhares de pessoas morreram de fome. O governo passou a depender da ajuda financeira de seus rivais – EUA, Japão e Coreia do Sul. A partir de 2000, as potências ocidentais começam a estimular negociações para a reunificação das Coreias.
Para garantir a sobrevivência do regime, a Coreia do Norte iniciou um programa nuclear, acreditando que a posse de armas atômicas conseguiria dissuadir qualquer ação dos EUA para tentar derrubar o governo. Também foi uma forma que o regime encontrou para ter maior poder de barganha com as grandes potências e conseguir exigir concessões econômicas. Em 2006, o país testou pela primeira vez uma bomba atômica com sucesso. Desde então, a Coreia do Norte já realizou outros cinco testes nucleares – o último, neste domingo (3/9).

4.      As negociações


Conselho de Segurança da ONU discute a situação dos Direitos Humanos na Coreia do Norte (Kena Betancur/Getty Images)

Desde o primeiro teste nuclear da Coreia do Norte, as potências ocidentais tentam convencer o país a abandonar suas ambições nucleares. Complexas negociações têm andamento, com os norte-coreanos barganhando benefícios como envio de petróleo e alimentos em troca do fechamento de reatores nucleares e permissão para inspeções internacionais. Mas nas poucas vezes em que as partes chegaram a um acordo, o regime norte-coreano rompeu o compromisso e deu prosseguimento ao programa nuclear.
Com o avanço dos testes atômicos, a ONU impôs diversas sanções à Coreia do Norte que incluem proibição de viagens e congelamento de ativos de funcionários do regime, além de materiais, equipamentos e tecnologias que foram proibidos de serem exportados para o país.

5.      A crise atual


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chega à Casa Branca, em Washington, em abril de 2017 (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

Até recentemente, os EUA vinham lidando com a ameaça norte-coreana de forma diplomática, impondo sanções na tentativa de sufocar a economia e forçar  o regime a desistir de seu programa nuclear. Mas, ao ser pressionado, Kim Jong Un tem respondido com uma retórica agressiva, ameaçando com novos testes e dizendo-se pronto para entrar em uma guerra.
A atual crise começou com a intensificação da atividade militar da Coreia do Norte, que passou a testar a capacidade de novos mísseis desde o início do ano. Disposto a não tolerar as provocações norte-coreanas, o presidente dos EUA, Donald Trump, que assumiu em janeiro deste ano, ameaçou uma retaliação energética em caso de um novo teste nuclear, como o que foi realizado no último domingo.
Apesar da retórica agressiva de Trump, uma ação militar contra a Coreia do Norte é extremamente arriscada. Devido ao isolamento da Coreia do Norte, não há uma estimativa precisa do arsenal do país. Acredita-se que o regime disponha de mais de mil mísseis de diferentes alcances. Os testes recentes levam a crer que o país ainda conseguiu desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de abrigar uma ogiva atômica capaz de atingir os EUA. Além disso, no caso de sofrer qualquer ataque militar, o regime de Kim Jong Un tem poder de fogo para realizar um ataque nuclear contra nações vizinhas, como a Coreia do Sul e o Japão.
Outra nação que desempenha um papel importante nesta crise é a China, principal aliada dos norte-coreanos, que tenta  convencer os dois lados a não elevar a tensão. O interesse chinês em manter a Coreia do Norte longe de um conflito obedece a razões mais práticas do que ideológicas – se houver um colapso do regime norte-coreano, a eventual unificação da Coreia resultaria em fortalecimento da influência norte-americana em região próxima de sua fronteira. Além disso, a eclosão de um conflito provocaria quase certamente um movimento de refugiados em direção ao território chinês, o que o governo de Pequim busca evitar.
Como o programa nuclear norte-coreano já foi motivo de outras crises agudas no passado, espera-se que a atual tensão não passe da retórica agressiva e troca de acusações entre EUA e Coreia do Norte. Mas, diante de dois líderes intempestivos como Donald Trump e Kim Jong Un, o desfecho dessa crise é imprevisível.