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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

TERREMOTOS

Tremor causa primeira morte no país
 
Manuela Martinez*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O vilarejo rural de Caraíbas, em Itacarambi, Minas Gerais, entrou para a história do Brasil no dia 9 de dezembro de 2007. Nessa pequena localidade um terremoto causou a primeira vítima no país, a menina Jesiane Oliveira da Silva, de cinco anos, morta devido ao desabamento da parede do quarto onde dormia.

Normalmente provocados por movimentos na crosta terrestre, composta por grandes placas de rocha (chamadas placas tectônicas), os terremotos podem durar segundos ou até mesmo minutos.

O tremor de Itacarambi teve intensidade de 4,9 graus na escala Richter e, além da morte da menina Jesiane, deixou cinco feridos e várias casas destruídas. O maior abalo sísmico registrado no Brasil atingiu 6,6 graus e ocorreu na Serra do Tambador, no Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955.

As principais conseqüências de um terremoto são a vibração do solo, deslizamentos de terra, aberturas de falhas, tsunamis ou mudanças de rotação da Terra. As regiões próximas às placas tectônicas são mais suscetíveis aos terremotos, como, por exemplo, o oeste da América do Sul e algumas localizações do oceano Pacífico. Apesar de provocarem grandes destruições, os terremotos, muitas vezes, não são percebidos pela população ou são considerados leves.

Intensidade dos terremotos

A intensidade dos terremotos é medida principalmente pela escala Richter, fórmula matemática que determina a largura das ondas. Esta escala foi desenvolvida na década de 30 do século passado por Charles Francis Richter (geofísico e sismólogo americano) e Beno Gutenberg (sismólogo alemão), que trabalharam no Instituto de Tecnologia da Califórnia. A escala Richter não tem limite máximo, mas, de acordo com os principais institutos do mundo, os terremotos com até 1,9 grau somente são notados pelos sismógrafos.

Entre 2,0 e 3,9 graus, os terremotos causam poucos danos, mas são sentidos. Tremores com magnitudes entre 4,0 e 4,9 podem quebrar janelas, lâmpadas e outros objetos. Entre 5,0 e 5,9 graus, podem provocar danos menores em edifícios bem construídos, mas podem causar maiores danos em outros.

Um terremoto entre 6,0 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Já os terremotos com magnitudes entre 7,0 e 7,9 podem derrubar prédios e provocar catástrofes, como o que aconteceu em junho de 1990, no noroeste do Irã, quando um terremoto de 7,5 graus deixou cerca de 60 mil mortos, de acordo com o governo.

Em 1993, o Estado de Maharashtra, na Índia, foi atingido por um terremoto de 6,4 graus, que provocou a morte de 7.601 pessoas e deixou mais de 15 mil feridos. Em 1998, dois terremotos mataram cerca de 10 mil pessoas no Afeganistão.

Tsunami de 2004

No dia 26 de dezembro de 2004, aconteceu uma das maiores catástrofes de todos os tempos. Na ilha de Sumatra, na Indonésia, um terremoto de 8,9 graus Richter provocou um tsunami, cujas ondas gigantes mataram pelo menos 280 mil pessoas em 12 países da Ásia e África.

Os países mais atingidos pelo tsunami foram a Indonésia (cerca de 122 mil mortos), o Sri Lanka (pelo menos 39 mil), a Índia (cerca de 11 mil) e a Tailândia (pelo menos 5.300 mortos).

Além da Richter, existe também a escala Mercalli, que varia de zero a 12 pontos, para aferir a intensidade de um tremor. No entanto, esta escala, criada pelo sismólogo italiano Giuseppe Mercalli, é menos utilizada.

Tremores no Brasil

Ao contrário do que acontece com os Estados Unidos e o Japão, países onde, historicamente, sempre acontecem grandes terremotos, o Brasil fica em cima de uma grande e única placa tectônica. Nos Estados Unidos e Japão existem duas ou mais placas e as falhas que ocorrem entre elas são a principal causa dos grandes tremores.

No Brasil, de acordo com especialistas, as falhas são provocadas por pequenas rachaduras causadas pelo desgaste da placa tectônica. Antes da morte da menina no interior de Minas Gerais, os sismógrafos registraram, nos últimos anos, pequenos tremores no Brasil: em Brasília (DF), em 2000; em Porto dos Gaúchos (MT), em 1998, e em João Câmara (RN), em 1986 e em 1989.
 
 

domingo, 20 de novembro de 2011

DERIVA CONTINENTAL

Pangéia deu origem aos continentes



Adriana Furlan e Ronaldo Decicino*
Especial para Página 3 Pedagogia & Educação



A teoria de que os continentes não estiveram sempre nas suas posições atuais foi sugerido pela primeira vez em 1596 pelo holandês Abraham Ortelius, conhecido como pai do Atlas Moderno.

Ortelius também é responsável pelo Theatrum Orbis Terrarum (1570), considerado o primeiro Atlas da Idade Moderna, uma obra desenhada à mão, com 139 mapas coloridos.

Foi Ortelius quem sugeriu que as Américas "foram rasgadas e afastadas da Europa e África por terremotos e inundações" e acrescentou: "os vestígios da ruptura revelam-se, se alguém trouxer para a sua frente um mapa do mundo e observar com cuidado as costas dos três continentes." Essa idéia de Ortelius seria retomada no século 19.

Laurásia e Gondwana

Há 200 milhões de anos existia um único supercontinente: o Pangéia. Ele se fragmentou há 130 milhões de anos em Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida) e, há 84 milhões de anos, houve a separação entre a América do Norte e Eurásia e entre a América do Sul, África, Oceania e Índia, que se tornou uma ilha no oceano Índico.

Por fim, a Índia colidiu com a Ásia, juntando-se ao continente, conforme figura abaixo:




Segundo a teoria da deriva continental, o supercontinente Pangéia dividiu-se há cerca de 225 - 200 milhões de anos, tendo-se posteriormente fragmentado até produzir os continentes atualmente existentes



Somente em 1912 é que a idéia do movimento dos continentes foi seriamente considerada como uma teoria científica designada por "Deriva dos Continentes" e publicada em dois artigos pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener. Ele argumentou que há cerca de 200 milhões de anos, ainda na Era paleozóica, havia um supercontinente "mãe" - Pangéia - e um gigantesco oceano chamado Pantalassa.

O Pangéia começou a fraturar-se, primeiro se dividiu em dois grandes continentes, Laurásia e Gondwana. Entre os dois, formou-se um mar relativamente raso: o Mar de Tétis.

Laurásia e Gondwana continuaram então a fraturar-se ao longo dos tempos, dando origem aos atuais continentes. A Índia, por exemplo, soltou-se de Gondwana formando uma ilha. Na Era cenozóica as formas dos continentes começaram a se assemelhar às formas atuais.

Era cenozóica

Nessa Era, a Índia se chocou contra o continente asiático com tamanha pressão que do choque entre as placas resultou a formação da cordilheira do Himalaia, onde fica o monte Everest, o mais alto do planeta.

Uma das evidências mais claras da deriva continental é o "encaixe" quase perfeito entre os litorais leste da América do Sul e oeste da África. A separação entre a África e a América do Sul decorreu da movimentação constante das placas tectônicas sobre o manto, movimento esse que aconteceu em todo o planeta.

Pode-se dizer que a posição dos continentes vem se modificando no decorrer da história da Terra. Essa constatação é resultado de estudos recentes, realizados principalmente a partir de meados do século 20.

Esse movimento dos continentes deve-se ao movimento das placas tectônicas, responsável também por abalos sísmicos e atividades vulcânicas.

Fonte:http://educacao.uol.com.br/geografia/deriva-continental-pangeia-deu-origem-aos-continentes.jhtm

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TERRA

Características, núcleo, manto e litosfera

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação



A Terra é o único planeta do Sistema Solar em que existe vida e água em estado líquido. Sua atmosfera é composta principalmente de nitrogênio e oxigênio, bem como outros gases em menor escala. Além disso, também há outros elementos como cinzas vulcânicas, poeira, sais, microorganismos e vapor d'água, que se distribuem por toda a camada atmosférica.

No sistema solar, a Terra é o terceiro planeta em afastamento do Sol, do qual se localiza a uma distância média de 149,6 milhões de quilômetros. É ainda o quinto maior em tamanho, com um diâmetro de 12.756 quilômetros. Possui um satélite natural, a Lua, que está distante 382.166 quilômetros, em média.

A Terra movimenta-se muito tanto em seu interior quanto no espaço em que está situada. Ao redor de seu próprio eixo, faz o movimento de rotação, ao longo de 24 horas, originando o dia e a noite. Simultaneamente, faz o movimento de translação em volta do Sol, durante um período de um ano, o que origina as quatro estações, o equinócio e o solstício.



A idade da Terra



A teoria científica mais aceita na atualidade para explicar a origem do Universo é a do "Big-Bang". Este seria o estado em que o Universo se encontrava há cerca de 10 bilhões de anos, com temperaturas e densidades altíssimas, quando teria tido início um processo de expansão semelhante a uma grande explosão. Dela se originaram as galáxias, as estrelas, os planetas, etc.

Do mesmo modo que os outros planetas do sistema solar, a Terra deve ter se formado a partir de uma imensa massa gasosa, por meio da condensação e da decantação progressivas da matéria que a constituía, sob o impacto das forças gravitacionais e de diversos processos de transformação energética. Estima-se que isso aconteceu há 4,6 bilhões de anos.



Núcleo, manto e litosfera



O planeta em que vivemos se estrutura em três camadas principais. Primeiramente, o núcleo que se situa em sua parte mais interna e é formado por minerais pesados, como o níquel e o ferro, em estado de fusão, a temperaturas altíssimas: entre 2.500 e 5.000 º C.

Envolvendo este núcleo, encontra-se o manto que se constitui de uma massa pastosa, o magma, que está em constante movimentação, e, às vezes, é lançado à superfície através de vulcões ou de fenômenos tectônicos. Finalmente, vem a crosta terrestre ou litosfera, a camada superficial da parte sólida do globo, formada por três tipos de rocha, como as metamórficas, as sedimentares e as ígneas ou magmáticas.



Fonte: http://educacao.uol.com.br/geografia/terra-caracteristicas-nucleo-manto-e-litosfera.jhtm